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A família cuida

Não existe uma única forma de família. Vimos que existem várias. Um conceito que ajuda a compreender, é o conceito da família pequena e da família grande. Pequena é a formada pelas pessoas que habitam o mesmo teto. Grande ou expandida é formada pelos parentes de sangue, pelos parentes agregados e pelas pessoas unidas à família por relação de afeto que não moram sob o mesmo teto.
Os vínculos que unem as famílias são vários. Porém, esses vínculos se sustentam sobre alguns valores: o amor, o afeto, o cuidar, o respeito são alguns deles. Há, porém, alguns que se tornaram verdadeiras virtudes nas relações humanas e principalmente na relação familiar.
O “cuidar” é um desses valores. Em algum momento cada um de nós precisou, precisa ou precisará ser cuidado. Já pensou nisso, não?
As crianças naturalmente precisam ser cuidadas, para preservar sua saúde e integridade, por isso o cuidado dos pais é fundamental. Mas não só deles. É até instintivo cuidarmos das crianças. Na maioria das sociedades tribais toda a comunidade toma conta de todas as crianças. É tarefa para os adultos e para as crianças mais velhas, por isso, seus pais podem sair e deixá-las na aldeia onde seus filhos pequenos serão cuidados.
Na sociedade “civilizada” não é bem assim, a vida urbana não permite. Mas o princípio de cuidar e ser cuidado permanece. E permanece, sobretudo, no seio da família.
Quando aquele adolescente que deseja liberdade, prefere se distanciar da família sente um mal estar ou tem alguma doença, aí ele precisa e quer ser cuidado. E quem cuidará? A mãe, o pai, irmãos, avós, tios, algum parente, pois o cuidar está inerente à família.
Da mesma forma que cada um precisou ou precisará ser cuidado, tem também a responsabilidade de cuidar, não só dos seus filhos, mas dos seus mais próximos. Dos seus pais idosos, por exemplo.
É na doença física em que essa necessidade de cuidado mais aflora. Mas não é só. Na carência afetiva e emocional – cada vez mais presentes na vida atual – também está a necessidade de se cuidar e ser cuidado. Com o apoio, a compreensão, a palavra amiga, o esclarecimento, o ombro acolhedor.
Entretanto, o cuidar deve vir junto com um outro valor: o respeito à individualidade de cada um.
Muitas vezes, na intenção de ajudar, tomam-se iniciativas que se tornam impróprias e até mesmo negativas. O cuidar pode se transformar em intromissão na vida do outro. Dessa forma, o cuidar tem de ser precedido de um outro princípio: o do respeito.
O respeito ao outro deve prevalecer, mesmo que ele esteja fragilizado, carente ou doente.

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