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Vidas negras importam!

Mais uma morte espanta as pessoas em todo o mundo. Mais uma violência cometida. Mais uma vida é eliminada de forma torpe. “Black Lives Matter!”. “Vidas negras importam!” é o brado que se ouve nos quatro cantos do mundo. Esse brado não é novo. Como organização, o movimento Black Lives Matter surgiu em 2013, em conseqüência da absolvição do policial branco que matou a tiros um adolescente negro. Como causa, temos o racismo, esse comportamento que se sustenta num preconceito sem lógica. Racismo que já perseguiu, excluiu e matou milhões de pessoas. E por quê? O que essas pessoas fizeram para serem perseguidas, excluídas, assassinadas? Nada. Elas simplesmente nasceram.
Ora, a cor da pele, ou dos cabelos, ou dos olhos não faz um ser humano nem melhor nem pior do que o outro. Na verdade, o outro que o acha diferente – e por isso inferior ou pior – é que está com o defeito do preconceito.
Se o bom senso já aponta o preconceito como algo absolutamente ridículo, infundado, e execrável, a ciência – irrefutável – vem provar a balela racista. A descoberta do DNA – presente em nossas células – comprova a nossa herança genética, a nossa genealogia.
A LetsOpenOurWord – organização internacional – fez um experimento coletando material e seqüenciando a amostra de cada participante, o chamado “exame de DNA”. Os participantes eram oriundos de dezenas de etnias e países.
Resultado da pesquisa: ninguém tinha mais do que 30% dos genes dos que achavam que eram 100%. Todos, sem exceção, tinham nas veias mais sangue de outros povos do que o sangue dos ancestrais que achavam puros. Portanto: não existe raça, quanto mais raça pura!
E esse estudo provou também que, de certa forma, todos nós somos primos. E se são primos são da mesma família. E não importa a cor da pele, dos olhos, dos cabelos. São todos membros da família universal. Sim, há muitas famílias pequenas, mas a família universal une todos. Nesta época de pandemia sentimos na pele esta sensação na saúde da humanidade: o que aconteceu com um chinês no interior da China na Ásia afetou a saúde do mundo todo! E, agora, meses depois, a brutalidade que aconteceu a um negro nos EUA afeta psicologicamente o mundo todo. Nós vamos permitir mais isso em nossa família?! Não, de forma alguma.
Por isso, quando lá atrás, na Grécia, concluíram que não havia apenas um amor, mas pelo menos quatro amores –Eros, Filia, Storgè e Ágape – este último era o amor mais elevado, porque era o amor a tudo e a todos, indistinta e incondicionalmente. É o amar verbo intransitivo, como disse o poeta. É o sentir-se membro da família universal, cuidado por ela, e responsável por ela também! Sim, somos todos iguais, mas há alguns mais frágeis que outros, e estes merecem atenção especial pois não podem se defender sozinhos. Eles precisam da ajuda todos.
O coronavírus não passou desapercebido por ninguém. A morte violenta, cruel e brutal de George Floyd também não passará. As redes sociais, mais uma vez, mostram que estamos totalmente conectados uns aos outros e por isso, sentimos cada vez mais, esta família universal que somos, somos por ela responsáveis e por isso precisamos dela cuidar.

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