Hoje, na Escola Livre Direito, Filosofia e Arte, a convite da Profa. Paola Cantarini e do Prof. Willis Santiago Guerra Filho, falarei sobre a mudança na estrutura de poder nas famílias. Se há alguns anos só os pais – em especial o pai – dava a última palavra sobre a educação dos filhos, hoje não é mais assim. Mãe e Pai, e/ou companheiros, por lei, têm o mesmo poder dentro de casa. Na prática, não funciona bem assim. Não é uma sociedade 50%/50% em todos os assuntos. E é bom que não seja. O conveniente é que cada um tenha a última palavra no assunto que mais domina, sobre o qual tem o dom. Não pelo grito, não pelo poder psicológico ou financeiro, mas simplesmente porque tem o dom melhor para aquele assunto, sempre com o objetivo da melhor criação dos menores. E quando ambos entram na “bola dividida” sobre a criação das filhos, quando um não reconhece o melhor dom do outro sobre aquele assunto e há o impasse? Bom…neste caso, como pais (divorciados ou não), devem tentar, por meio do diálogo civilizado, chegar a um consenso para o bem de seus filhos se preciso com ajuda externa. E se o consenso não vier? Aí os dois ficarão à mercê de uma disputa judicial onde terceiros (juízes, advogados, promotores, assistentes sociais, etc…) darão a última palavra sobre o que é melhor para seus filhos, na maioria das vezes: sem conhecê-los!
