O conceito de família está baseado nos laços consanguíneos. Mas não só. As famílias se formam também através de laços de afeto, de amor e de acolhimento. Entretanto, há um elemento que foi constitutivo das famílias desde a sua organização pelos seres humanos: a sua história.
O valor dos antepassados
A História da Família foi fundamental para a sua concepção e organização.
Para se ter uma ideia, as famílias – antes da existência das cidades ou mesmo núcleos populacionais – tinham como elemento fundamental para a sua existência o culto aos seus antepassados.
Assim, os “lares”, aquele fogo que devia ser mantido permanentemente junto à habitação, e o “banquete” mensal – que reunia todos os membros da família em uma refeição – eram feitos para homenagear os seus antepassados. Ou seja, era a preservação da História da Família. Esses antepassados, com o passar dos séculos, adquiriram a característica de deuses. E assim, se construiu também a religião.
Por milênios a sua história foi elemento fundamental na preservação da família, como instituição e como elemento agregador dos seus membros. Nela, estão as origens das dinastias e a própria formação do poder político. A organização política feudal e o conceito de nobreza (e a própria monarquia). Até a constituição dos Estados Nacionais têm a sua origem na família e na preservação da sua História.
O sentimento de pertencimento
Se o sistema monárquico tornou-se anacrônico na quase totalidade dos Países, nem por isso a História da Família deixou de ser importante para todas as pessoas.
Fala-se hoje muito no “sentido de pertencimento” como algo importante e necessário ao equilíbrio psicológico. A crença subjetiva numa origem comum que une indivíduos distintos é o sentido do “pertencimento”, segundo os que professam essa tese.
Entretanto, todos esses sentidos de pertencimentos estão fora da origem primeira da pessoa. Todos, sem exceção, na sua origem “pertenceram” a uma família.
Uma herança para passar adiante
E mais do que o ambiente de convívio, esse sentimento de pertencimento pode ser preenchido, e de forma sólida, por um simples elemento: a História da família.
Isso, de forma singela, simples, sem pretensão. Não buscando nenhum nobre ou poderoso. Mas levando à criança e ao jovem, a ideia de que ele é o produto, é a consequência dos atos das pessoas da qual ele é herdeiro.
Herdeiro não de bens materiais. Mas herdeiro de crenças, de trabalho, de decisões, de frustrações, de lutas, de vitórias e derrotas, enfim, de vidas humanas das quais, queira ou não, ele é herdeiro.
Frutos do que foi plantado
A cidade ou bairro onde cada um nasceu – ou para onde se mudou – as habilidades que possui, os valores culturais que recebeu, a comida que comeu, as músicas que ouviu, tudo isso (e muito mais!) vem da História da sua Família. Somos consequência das decisões tomadas por nossos ancestrais – pais, avós, bisavós e correlatos.
Se você quer dar um sentido de pertencimento para seus filhos, conte o que sabe sobre a sua família, quem eram seus pais e avós e outros. Como viviam, de onde vinham, o que faziam. Conte as suas lembranças boas e não tão boas. E o mais importante: faça com que seus pais e avós contem sobre suas vidas, para você e para seus filhos.
Junto com o amor e a tolerância, o conhecimento une.
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