Sabe o que forma uma família além do parentesco sanguíneo e os laços de afeto? A história comum.
Essa história comum não é apenas ter os mesmos ancestrais, avós, bisavós, tataravós e aí por diante. Não se trata apenas de genealogia embora essa seja a ciência que estuda a hereditariedade da família.
A história em comum pode ser mais singela. Aquela mesma casa, aquelas crianças que brincavam e partilhavam do mesmo quintal são hoje adultos ou idosos e as suas memórias são um patrimônio imaterial da família. Essas memórias é que estão na origem de todos os membros, relembrá-las e as partilhar com os outros parentes, sobretudo com os mais jovens, é preservar valores que podem dar o sentido de que eles pertencem a algo mais significativo do que apenas um grau de parentesco.
Fala-se muito em memória afetiva, mas você partilha com seus filhos, sobrinhos, netos, parentes mais jovens histórias em comum? Coisas e fatos triviais que podem significar muito para os jovens? Que brincadeiras fazia? Quem gostava de quem? O que gostava de comer? Quem fazia? Que pratos mais gostava? Que brincadeira de seu pai que mais gostava? Como foi sua primeira comunhão? Como conheceu seu marido ou esposa? Como era a casa? Aos descendentes de imigrantes, de onde vieram, qual era o seu país e cidade?
Você pode achar que os jovens não se interessam, mas quem não gosta de dar uma olhada num álbum de fotografias e ouvir umas fofocas familiares?!
Todos têm um romance contido em sua vida, basta contar e partilhar para que os jovens possam desfrutar do prazer de pertencer a uma família e poder contar histórias dele para seus filhos.
Uma das perguntas da filosofia é “de onde eu vim”, certo? A história da sua família responde uma parte importante desta pergunta e saber dela é importante para que os mais novos repitam as coisas boas que foram feitas pelos seus antepassados e ao mesmo tempo deixem de imitar aquilo que não é mais adequado a nossa época.
Qual a nota, de zero a dez, para o item “História” da sua família?