Os 18 Pilares da Família

OS 18 PILARES DA FAMÍLIA

Este é um fato real. Um advogado de família ouvia um cliente, insatisfeito com o casamento e reclamando da família, dizendo: “não está nada bem com minha família, tudo mal”.

O advogado, experiente, perguntou: “E a saúde de sua mulher e a de seus filhos”? . O Cliente respondeu que estavam todos bem.

-“E como estão indo seus filhos na escola”?

 -“Vão muito bem, ela passou com boa classificação no vestibular e ele tem ótimas notas”.

-“E seu negócio, como vai, dando para pagar tudo?

-“Vão bem, a minha retirada cobre todas as minhas despesas de casa, e tenho aplicado as sobras pra capitalizar a firma”.

“Bem, meu amigo, se estão todos bem de saúde, a educação dos filhos está bem, e não há problemas de sustento, então não está tudo mal na sua família”.

Esse diálogo estimulou esta introdução para o pensamento de que a estabilidade da família, assim como de um edifício, nas é sustentada apenas por um pilar.

As construções, pequenas ou grandes, se sustentam sobre vários pilares, com todas as famílias.

Nas famílias, quando um dos pilares está fraco, os outros pilares devem sustentar a recuperação do que fraqueja. Mas, para isso, é preciso olhar para todos os pilares e não apenas para um, aquele que está mais fraco.

Ao fazer isso, analisando e refletindo, com calma, sem egoísmo e pensando em todos, certamente a conclusão não é que está “tudo” ruim, e muito menos que uma dissolução, uma separação vai resolver.

Então, a Família Nota 7, depois de muito estudar e refletir propõe que olhemos para toda a construção da família.

Nós encontramos ao menos 18 (dezoito) pilares muito importantes que sustentam a estabilidade e a felicidade da família.

Vamos a eles.

Os 18 pilares de sustentação da família.

CASA

A Residência. O Lar. É um local sagrado. Seja de 10m² ou de 1 000m². O tamanho não importa. O lar é um lugar básico para uma família, seja ele simples ou luxuoso. O importante é as pessoas se sentirem bem, seguras e protegidas. É o lugar onde se pode conversar, discutir, brincar. O ambiente privado que acolhe todos os membros da família igualmente.

AMOR

O amor e o afeto, exercidos com reciprocidade, são quando cada um possa sentir que ama e é amado, que tenha sempre a sensação de pertencimento, de fazer parte desse grupo, a sua família, onde sente que o egoísmo natural de cada um dá lugar ao bem estar de todos.

SEGURANÇA

A família deve trazer a sensação de segurança para todos os seus membros. Devem sentir que na hora do aperto, poderá contar com eles. A família equilibrada dá a sensação de segurança para os seus membros. Segurança física, econômica, emocional, psicológica. As pessoas devem se sentir protegidas, acolhidas e fortes dentro da família.

FESTAS

São as ocasiões de comemoração que se celebram com todos juntos, proporcionando de estar. A festa de Natal, por exemplo, de Páscoa, ou um dia de algum Santo ou evento cultuado na família, é um momento comum, que agrega, e que faz as pessoas se sentirem conectadas umas às outras. Ainda que seja apenas um evento por ano, este evento traz a sensação de família aos seus membros, se for cultuado com alegria e espontaneidade. Quando deixam de fazer as festas comuns, os membros das famílias começam a se dissipar. Os Grupos de WhatsApp ajudam, mas não substitui o poder destas festas na união familiar!

HISTÓRIA EM COMUM

Toda família tem uma história. Essa história é o elemento gerador da união, porque ela sempre começa com a união de pessoas, que vão gerar pessoas até nós. Nos primórdios, relembrar os antepassados era uma forma de reunir e unir a família. Muitas culturas ainda veneram os ancestrais. Preservar a história da família é fortalecer o sentido de pertencimento e proporcionar as novas gerações um sentido de origem. Não devem ser apagadas as memórias, porque elas são elementos de união. E muito delas compõem a memória afetiva tão valorizada. Saber dos antepassados e preservar a sua história, não deve ser visto como coisas dos reis ou dos nobres. A sua família tem história como todas as famílias, reais ou não.

ORGANIZAÇÃO DE PODER

A família está organizada em uma distribuição de poder entre seus membros. Esta organização um dia foi diferente, e um dia também será outra. O cetro (a liderança de poder) passa de geração para geração. Nas famílias há aqueles que concentram o poder. Quando eles se enfraquecem, pela idade ou doença, o melhor é perceber isso logo e ir passando o “cetro” adiante, para quem seja o mais capaz, amoroso e agregador. Se essa passagem não ocorre, cria-se um vazio de poder, que gera ou o fim daquele núcleo familiar. Se for bem sucedida a família sobrevive.

SUSTENTO

Toda família precisa e depende de sustento. Seja ele de R$ X ou de R$ i milhão de X.
É o que garante o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, e também ao lazer. É esse sustento que vai proporcionar também outros valores não só materiais. A cultura, à dignidade, o respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, colocando cada membro da família menos sujeito discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS

Na família ocorre a primeira educação das crianças. É nela que se formará a parte mais importante do desenvolvimento do ser humano: de 0 aos 6 anos. É a família o ninho que acolhe a humanidade e a lança ela para o futuro. Por isso, a família é a base da sociedade (art. 226 da CF). Filhos que recebem boa educação em casa tendem a ser mais felizes e ser melhores pais.

DOENÇA

Toda família enfrentou algum tipo de doença, desde simples gripe às doenças mais sérias e até fatais. É o momento importante da família, se unir para a cura de seu ente querido. Neste momento a família grande é absolutamente FUNDAMENTAL, pois os membros da FAMÍLIA pequena estão atingidos diariamente no problema, inclusive dormindo com ele. Quem não está na mesma casa, pode ter mais lucidez e sabedoria para ajudar os membros da família pequena para lidar com isso. Importante, porém, que a FAMÍLIA GRANDE só deve agir se a família pequena assim o desejar. Tem que pedir do jeito certo na hora certa. Violar este preceito, ou seja, do pedido, só em casos extremamente urgentes e com muita sabedoria.

RESSENTIMENTO

O ressentimento está na raiz de grande parte das discórdias e do afastamento nas famílias. A solução? Diálogo, perdão, e se o afastamento é inevitável, que seja sem ódio. Afastar-se por um tempo, tentar esquecer é ótimo e voltar a conviver sem ressentimento. Se não conseguir esquecer, continue afastado por mais tempo até poder se relacionar, no mínimo, socialmente. As festas da família, Natal, por exemplo, são momentos para se exercitar o perdão. O judaísmo tem o Yonkipur, dia do perdão, e os evangelhos contam que Cristo disse para perdoar 70 x 7. Até o perdão cristão tem limite: 490 vezes. O não perdoar e o enfrentamento só aumentam o sofrimento e gera mais ressentimento.

DIÁLOGO

Se existe algo importante nas relações é o diálogo. É através dele que se constrói uma boa e forte relação. Através do diálogo conhecemos o outro e o outro nos leva a conhecermos a nos mesmos. O diálogo entre o casal faz ambos crescerem juntos, elimina dúvidas e interpretações equivocadas, e é fundamental para estabilidade da família. Porém dialogar não é falar. É também, e, sobretudo, ouvir.

RESPEITO

O respeito está na origem de todas as virtudes no relacionamento. Sem respeito não pode haver pelo outro nem o diálogo, nem a compreensão, nem consideração. Nem mesmo o amor sem respeito é amor verdadeiro. Sem respeito esse amor é apenas posse, domínio e não leva ao afeto.

GRATIDÃO

A gratidão é um dos mais nobres sentimentos. Está entre as grandes virtudes. A gratidão é o reconhecimento do beneficio que se recebe, é o ato de justiça ao bom. A reciprocidade dos bons gestos é a compensação para continuar praticá-los. Quantas vezes você diz, sinceramente, essa palavrinha mágica: obrigado.

COMPROMETIMENTO

Este é o sentimento ligado à responsabilidade da organização e do cultivo à família. Deriva do amor, mas está ligado ao projeto de futuro, de responsabilidade social, de manutenção da instituição da família. A procriação, a quantidade de dinheiro, o tempo, o lugar onde viver, onde trabalhar, se os dois adultos de dentro da casa irão trabalhar ou não, o quanto cada um deverá contribuir com tempo e dinheiro, a provisão para a velhice, são estabelecidos neste projeto inicial que pode ser verbal ou escrito. A forma deste projeto pode mudar, de acordo com os interesses de cada um, mas a responsabilidade da família em educar as crianças este não se extingue.
A escassez, o excesso ou insatisfação dos 17 ingredientes acima, podem colocar em risco o projeto inicial de família. Quando não há filhos, este projeto pode acabar com menos problemas, e até para dar início a outro (Normalmente quem divorcia casa de novo). Mas quando há filhos, não há possibilidade de desistência deste projeto, mesmo com a dissolução do casamento. A família continua, com pais divorciados, mas continua. Pai e mãe continuam responsáveis por seus filhos, mesmo depois de atingirem a maioridade, pois poderão vir os netos, festas de celebração comuns. Por isso, qualquer divergência entre o casal que tenha tido filhos, deve ser superada em prol do projeto de família que se mantém (de outra forma, mas se mantém), mesmo depois do divórcio.

NASCIMENTO

Quem já viveu isto sabe. Quem ainda não viveu imagina: há emoção mais forte do que o nascimento de um filho?
O nascimento não é apenas a presença de uma nova pessoa neste mundo. Há algo de sagrado no nascimento. É como se, ao criar um novo ser, nós nos aproximássemos da divina obra criadora. Seria a forma maior de nossa integração à própria natureza, porque nós concebemos essa nova vida, criamos uma vida. É muito forte.
Uma criança – pelo nascimento ou pela adoção – é a culminação de outro evento, considerado sagrado por muitos: o matrimônio. A maior parte dos casais tem na sua união o embrião de novas vidas: ter filhos é a ordem natural das coisas, a preservação da espécie é a força maior da natureza.
O nascimento é sempre festejado por toda a família, mesmo os mais distantes: irmãos, tios, sobrinhos, avós… todos festejam a chegada de um novo membro. Assim como a natureza estimula a sua preservação, a família instintivamente pretende a sua perpetuação. A expansão numérica da família representa a sua preservação, a sua continuidade. Se individualmente somos finitos, nossa família, o nosso gens pode se perpetuar.
A morte, triste para todos, tem seu corolário no nascimento. Aquele que nasce, para a grande família, indiretamente significa a ressurreição daqueles que morreram.
Por isso é importante o nascimento para todos. E devemos festejar. Aliás, a maior festa do nosso mundo cristão é um nascimento.
A propósito, como é comemorado um nascimento em sua família? Qual a nota, de zero a dez, para o item “nascimento” da sua família?

MORTE

Fim: Talvez seja esta a palavra mais adequada à morte. Significa, segundo o nosso dicionário, “implacável”, “inelutável”, “a que não se pode escapar”. Não importa quando, como, aonde… para morrer basta estar vivo. Se o nascimento é o começo, a morte se refere ao fim.
Todo ser vivo, a cada momento, se aproxima da morte. Portanto, morrer faz parte da vida. Mas a natureza nos dotou, e a todo ser vivo, do instinto de viver. Somos compelidos a nos mantermos vivos, a sobreviver, ao máximo e da melhor forma possível. Pode parecer uma contradição, mas a natureza não é contraditória. Somos a espécie que tem consciência da própria mortalidade.
Do ponto de vista material, a morte é a interrupção definitiva das atividades biológicas do seres vivos. Para os seres humanos a morte também é isso, e ocorre quando não há mais vida no corpo, com o fim irreversível das suas funções vitais. Em alguns países a morte do corpo é definida pelo fim dos estímulos cerebrais. Para outros, fim dos batimentos cardíacos.
Os seres humanos também pensam, sentem, refletem, extrapolam sua existência material e biológica. Por isso é tão difícil falar sobre a morte. Tanto a morte dos que nos são próximos, quanto da nossa própria morte. Mas ela é inexorável e mesmo assim as pessoas têm medo de morrer e não gostam nem de pensar na própria morte. É o instinto de viver que nos leva a nos afastarmos da morte, da própria ideia da morte.
Para os ateus e materialistas convictos, a vida se encerra com a morte. Nada mais há depois do último suspiro, exceto a decomposição da matéria. Para os espiritualistas e crentes das mais variadas religiões, a morte tem um sentido um pouco diferente. Para eles há mais esperança, porque há algo além da finitude da vida material. Crêem numa espécie de vida após a morte ou mesmo ressurreição ou ainda a reencarnação. Isso dá mais conforto, torna a morte menos dolorosa.
A vida depois da morte é uma questão permanente. Mas a morte é inexorável. Então, não adianta tergiversar. E na família a morte precisa ser enfrentada, apesar da tristeza e das profundas marcas. Se pensarmos na nossa família em relação a nossa própria morte, se podemos fazer algo em vida é tentar amenizar o impacto e o sofrimento que ela pode causar.
Do ponto de vista material há algumas coisas que podemos fazer. Para não dar tanto trabalho após nossa morte podemos fazer um testamento, dispondo como queremos sejam distribuídos nossos bens materiais de acordo com a lei. Podemos ainda fazer um seguro de vida para dar algum recurso financeiro para aqueles que de nós dependia. Do ponto de vista psicológico devemos conversar e preparar nossos entes queridos, fazendo-os saber da nossa aceitação para que eles possam aceitar também a nossa ausência. Isso, óbvio, se der tempo. Às vezes a morte não dá aviso. Ela vem. E ponto. Sem deixar tempo para despedidas.
E com relação à morte de algum de nossos entes queridos? Pouco ou nada pode ser dito para amenizar a dor que sentimos. O vazio que fica em nossas próprias vidas. A saudade implacável.
Por isso em nossa cultura temos o luto, que se inicia com a ausência permanente da pessoa de nosso convívio. É a realidade da morte como algo irreversível. É uma situação imutável. E quanto mais próximos, mais queridos, maior é a dor. O luto é o processo pelo qual passamos quando perdemos um ente querido, é um estado emocional onde tristeza, emotividade, sentimentos de frustração, isolamento, angústia e até raiva sentimos… Cada membro da família pode reagir de forma diferente, mas o luto está presente em todos. Essa situação pode levar a sentimentos negativos e profundamente prejudiciais. Entretanto, encarado como um processo, segundo estudiosos, é possível chegar à superação, e o tempo para isso é indefinido, podendo demorar dias, meses ou anos para se chegar a superar a morte da pessoa.
Embora cada indivíduo apresente uma reação muito particular, estudiosos parecem concordar que há cinco estágios no processo: Primeiro, a fase da Negação, a reação de negar, de não acreditar na possibilidade da pessoa ter morrido. Isso pode levar dias, semanas, meses… Depois, vem fase da Raiva, acompanhada de desespero, sentimentos de culpa e geralmente com agressividade quando alguém tenta fazê-la enfrentar a realidade. Essa raiva pode se revelar como auto ou hetero agressão, como brigar ou alcoolizar-se. Em terceiro vem uma fase que denominam de Negociação. É quando a pessoa enlutada tenta dialogar com o ente superior, ou sofre pensamentos recorrentes de supor determinadas atitudes para reverter sua situação, numa tentativa de auto consolação. A quarta fase é a Depressão. É quando se sente um grande sofrimento, o qual pode se prolongar por semanas ou meses. A dor da ausência alimenta o seu estado depressivo, levando ao isolamento, não conseguindo se desligar da saudade, não consegue retomar a vida normal. É um estágio perigoso, exigindo muito diálogo, muitas vezes até acompanhamento psicológico para se evitar o transtorno de depressão profundo, não conseguindo alcançar a aceitação da morte. A quinta, e o estágio final do luto, é a fase da Aceitação. É quando se compreende a nova realidade, que se caracteriza pela ausência da pessoa que faleceu. Aceitar a perda (o fim) não quer dizer seguir como se a pessoa falecida nunca existira. É aceitar as boas lembranças, sentir saudades, mas conviver em paz com a perda. Agradecer pelos momentos que tiveram juntos, agradecer a existência enquanto durou antes do fim.
O processo de luto inicia com o funeral. Respeitar a cultura de cada família e procurar fazer o ritual de passagem, enterro, cremação, cultos, (etc…), da melhor forma possível, respeitando a importância desta passagem para enfrentamento do momento de tristeza. Nestas horas, procurar seguir as tradições da família sobre as formas de fazer os rituais do fim da vida, pode ajudar. Se o momento é difícil, triste, inédito, seguir o script de quem já passou por isso, pode ser útil, diminuindo as dores do processo. Mesmo porque, a forma como se dá o fim, traz sentido à própria duração e à própria mensagem que se quis passar durante a vida. A Páscoa para os judeus, representa o fim da escravidão e o início da liberdade. Sentido parecido foi dado à Páscoa Cristã, onde Cristo representa a passagem da liberdade do espírito em busca da vida eterna por meio da ressurreição. No Budismo, a liberdade se dá justamente com a iluminação e o desapego de todas as personalidades, identidades construídas ao longo da vida. O hinduísmo possui três deuses: da criação (Brahma), da duração (Vishnu) e do fim (Krishna). O fim tem a sua beleza. Postergar e/ou não aceitar o fim, pode prejudicar o processo de renovação, de renascimento, criação de uma nova vida, de um novo momento.
O fim chegará para todos. Não só da vida, mas também das identidades, do trabalho, do filme, do livro, da peça de teatro, da ópera, da viagem, da comemoração, na música, no concerto ou em um simples desenho. O fim faz parte. Sem ele, o início e a duração perdem um pouco o sentido. É bom aceitar que tudo tem um início, uma duração e um fim. E, se não podemos controlar, nem o início nem o fim, que possamos fazer uma duração com amor, tolerância e conhecimento procurando ter uma vida familiar com significado, sendo feliz e contribuindo para a felicidade da família. Fim…

ENVELHECIMENTO

Vamos conversar sobre envelhecimento?
O envelhecimento é inevitável. Só não é com a morte prematura. O envelhecimento é cercado de aspectos desagradáveis e cuidados. Em contrapartida, cada vez mais as pessoas são mais longevas. A idade média em duas gerações aumentou em dezenas de anos. Há oitenta anos, a idade média não chegava aos cinquenta anos, e hoje está acima de setenta. Pessoas centenárias já não são tão raras. Isso graças à melhoria nas condições da vida e da medicina. Mas, continuar vivendo significa continuar envelhecendo. Toda a família tem ou terá seus idosos. Então, já que é inevitável, devemos tomar providências para aliviar os aspectos negativos da longevidade. Fundamental é o cuidado com a saúde, principalmente com as medidas preventivas. Os cuidados médicos, principalmente o acompanhamento permanente e o cumprimento das suas rotinas, permite um envelhecer mais saudável. Os cuidados com a saúde não se resumem apenas ao aspecto clínico/farmacêutico. O meio físico é importante para evitar acidentes que podem comprometer. Há inúmeras informações sobre os cuidados com a arquitetura das residências dos idosos. O tapetinho bonitinho, de estimação da vovó, pode significar um risco de acidente e sérias consequências ortopédicas. O metabolismo mais sensível requer uma readequação da alimentação, isso também preserva a saúde física.
Mas é preciso também pensar na saúde financeira. Embora hoje em dia muitos idosos sejam arrimos de entes mais jovens da família, o natural é que a família pense e se prepare para as necessidades crescentes das despesas e na capacidade decrescente de receitas do idoso. Aposentadoria, previdência, seguros são componentes importantes para a família considerar, mesmo quando o bem-estar é evidente.
Com toda a certeza que os estudos técnicos nos proporcionam, o fator emocional é um dos mais importantes ingredientes na saúde geral do idoso. Para quem sempre foi ativo, provedor, líder, é muito difícil se adaptar a uma nova vida. O importante é tentar esticar ao máximo a autonomia do idoso. Enxergar ele com sua capacidade de gerir a sua pessoa e sua própria vida. Manter sua autonomia até quando der. Isto é um grande desafio para a família. Reconhecer a importância que o idoso teve na família, e ainda tem, considerando que ele é o repositório na história da família, é o acúmulo das experiências de vida, que naturalmente é o agregador. É claro que o idoso tem que se esforçar para se adaptar, manter sua autoestima e exercer seu novo papel, saber passar o bastão na hora certa, de aceitar as mudanças, de deixar de ser chato ou ranzinza.
Qual a nota, de zero a dez, que você daria para o item “envelhecimento” da sua família?

ESPIRITUALIDADE

Toda família tem espiritualidade. Em algumas, a espiritualidade é mais alta, em outras, mais baixa, mas a espiritualidade está sempre presente nas famílias.
Um altar, uma imagem, um quadro, uma música, o hábito de rezar, meditar, de fazer o sinal da cruz, ou tocar no Mezuzá ao lado direito da porta para lembrar do criador são formas de manifestação da espiritualidade.
Festas religiosas também.
Os casais, normalmente, casam em igrejas, sinagogas, templos. As crianças também são batizadas em lugares sagrados e isso faz da espiritualidade um lugar comum e pacífico para as famílias. 
A espiritualidade pode ser um ponto comum na família e muito importante, um lugar de consenso.
Quando a raiva, o aborrecimento, a tristeza ou o desespero tomam conta, a racionalidade, muitas vezes, não resolve. É preciso se socorrer da espiritualidade. E ela é passada (e alterada para melhor ou pior) de geração para geração.
Por isso, qualquer que seja a forma, é fundamental que uma família cultive a sua espiritualidade.

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