A melhor expectativa que um pai e uma mãe podem ter para seu filho é que ele seja ele mesmo. A recíproca é verdadeira.
Há uma frase de um filósofo que diz: `torna-te quem tu és`.
Essa é uma questão interessante, porque remete a outra: “quem sou eu?”.
Quando este “eu” corresponde com a expectativa da família, muito que bem, parece que tudo flui, pois a pessoa se sente amada justamente porque, sendo ela mesma, corresponde com o que os outros da sua família esperavam dela e assim ela se sente integrada e amada. Mundo perfeito!
Porém não é sempre assim que acontece. Há vezes que o ser humano é alguém que a família não esperava que fosse. Nasceu menino, mas o pai ou a mãe queria uma menina, ou vice-versa. Nasceu com alguma doença que a família não esperava. Enfim, há muitas situações que um membro da família não corresponde à expectativa de seus pais ou irmãos.
O errado não é ter expectativa. Todo pai e toda mãe podem ter expectativas com relação aos seus filhos, isso é normal. O errado é ficar desapontado quando a expectativa não se torna realidade e deixar surgir o sentimento de negação ou rejeição. Aí há problema, e grave, muito grave!
Há casos que o pai ou a mãe deixam de falar com o filho porque ele seguiu uma profissão diferente da que haviam escolhido para ele. Ou ainda, que teve já na fase adulta uma opção sexual diferente da esperada por seus pais. Ou porque escolheu determinado parceiro ou parceira que não agradou os pais…
Enfim, é certo “matar” um filho psicologicamente (pois a exclusão do convívio não deixa de ser uma forma de morte) excluí-lo da família porque se tornou uma pessoa diferente da que se esperava?! O buraco emocional que fica na família justifica a intolerância ou o preconceito ?!
A família é o principal lugar para fazer com que as pessoas sejam elas mesmas! E se a família consanguínia não souber fazer isso, outras pessoas o farão em outras famílias estendidas.
O AMOR está intimamente ligado à TOLERÂNCIA, e o resultado destes dois ingredientes, bem dosados, é a FELICIDADE!